A música ajudou Eliane de Oliveira Teixeira Bariani na infância, quando era considerada uma criança inquieta. Os pais viram nos instrumentos uma forma da filha se compreender e gastar toda aquela energia. Ela estudou vários instrumentos, mas acabou se apaixonando pela bateria e a flauta transversal. “A música faz parte da minha vida, mesmo que eu não tenha vocação ou dom mesmo”, explica ela.
Mas os instrumentos ficaram de lado quando ela foi para o Ensino Médio e depois se dedicou aos cursos de Direito e de Educação Física. Depois, aprovada no concurso de Oficial de Justiça, em 1998, ela começou a sentir que o trabalho ia precisar de um equilíbrio que ela tinha conhecido na infância.
“Como a gente enfrenta questões não só de trânsito, ao fazer uma intimação, é muito raro quando uma pessoa não nos agride verbalmente, não nos intimida. Tem que ter um autocontrole, não pode responder. Nós estamos cumprindo nossa obrigação.” Foi esta obrigação que a tensionava dia a dia que a levou de volta para os instrumentos.
Na bateria, ela extravasa. “Posso tocar com todo meu vigor, minha força, pegar as baquetas e bater com toda minha intensidade. Descarrego toda minha tensão”, conta ela. Já na flauta, ela expõe toda a doçura e ternura que às vezes foge do cotidiano no trabalho. “Me ajuda a acalmar e a focar.”
Além de tocar em casa, à noite, ou na chácara, nos finais de semana, com o marido, que toca violão clássico, ela ainda compartilha seu talento na igreja que frequenta aos domingos. Nos encontros familiares, a música popular brasileira está sempre presente. Além de uma irmã musicista, os outros dois irmãos de Eliane também tocam instrumentos. Com a banda completa, eles fazem verdadeiros saraus, que espantam a tristeza e alegram o coração. Energia boa que depois ela investe no trabalho.
Eliane é mais uma personagem da série Vida fora do oficialato, que vem sendo contada pela ASSOJAF-GO semanalmente.
Assessoria de Comunicação da ASSOJAF-GO | Ampli Comunicação
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