top of page

Carta de Belém reafirma atenção dos Oficiais de Justiça contra as ameaças ao serviço público



Os delegados presentes na Assembleia Geral da Fenassojaf, ocorrida na tarde desta terça-feira (05), no Teatro Maria Sylvia Nunes, em Belém (PA), aprovaram, com unanimidade, a Carta de Belém, onde reafirmam a atenção contra as ameaças que cercam o serviço público, como a retomada do debate sobre a Reforma Administrativa, e a atividade na execução brasileira.


De acordo com o manifesto, em relação à Desjudicialização da Execução, poderosos grupos econômicos tentar administrar e controlar os procedimentos “que são monopólio exclusivo da justiça institucionalizada. Processos executórios, penhora, avaliação, pesquisa, localização e comunicação de partes processuais são atividades precípuas e inerentes ao Judiciário, e, por conseguinte, mister específico de Oficialas e Oficiais de Justiça”.


Os participantes do 15º CONOJAF e 5º ENOJAP destacam que qualquer intromissão ou terceirização significará perda da necessária isenção procedimental. “O que tais grupos almejam, enfim, será sempre a lucratividade latente destes nacos de atividade judicial”.


A Carta de Belém afirma também que as entidades estão atentas à extinção de vagas incidente sobre a categoria, implementada por vários tribunais. “Já expusemos, em diversas oportunidades, e nos foros adequados, que a implementação de métodos digitais de cumprimento de ordens judiciais não elimina a necessidade de atuação de Oficialas e Oficiais de Justiça. Muito ao contrário, nos faz mais eficientes e cirúrgicos, tornando o trâmite processual mais célere. Infelizmente ainda não nos deram a devida atenção. Temos formação adequada para cumprir essa demanda e outras que surgirem no desenvolvimento de novas tarefas que a tecnologia proporcional. Não paramos no tempo e quanto mais numerosos formos, mais ágil será o trâmite processual. Lutaremos incansavelmente para, no mínimo, mantermos inalterada a quantidade de vagas destinada à nossa categoria funcional”, afirma.


O documento ainda ressalta a importância da função exercida pelos Oficiais de Justiça “como indutor da cidadania e do respeito às instituições de Estado. Não somos meros "entregadores de papel". Nunca fomos. Ao contrário, nossa função maior é representar, de todas as formas possíveis, o poder ao qual pertencemos, concretizando, efetivamente, a justiça e, também, oferecendo, com diplomacia e isenção, oportunidades legais a quem se encontra em situação juridicamente inferiorizada. Podemos utilizar a coerção, mas também oferecer acolhimento a quem dele necessitar”.


O manifesto de 2023 é encerrado com ênfase de que “não existe justiça sem interlocução com a população! Nós fazemos essa interlocução! Nós fazemos a justiça!”.



Fonte: Fenassojaf

2 visualizações

Comentários


bottom of page